O prefeito de Lajeado da maior cidade do Vale do Taquari, Marcelo Caumo, avaliou, nesta quinta-feira (14), que a oferta de crédito para empresas da região é a principal promessa ainda não cumprida feita pelo governo federal, seis meses após as enchentes que provocaram mortes e destruição. Nesta sexta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará a região.
— A grande parte em aberto é o auxílio para os empresários. Quando o vice-presidente (Geraldo Alckmin) esteve no momento da enxurrada, se tratou de linhas de crédito de juros subsidiados e, na verdade, as indústrias estão enfrentando muita dificuldade porque o recurso é com juros de mercado — avaliou Caumo, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
De acordo com o prefeito de Lajeado, a atuação do governo Lula foi correta em relação à construção de casas e à reconstrução dos serviços públicos nas cidades afetadas.
— O governo federal, ele tem sinalizado muito bem com as casas para as famílias que foram atingidas. Estes leitos estão a contento e todos os municípios (da região) estão sendo contemplados — disse Caumo, acrescentando:
— O auxílio a famílias e a construção de casas são processos burocráticos e demorados, mas estão em andamento.
O prefeito de Lajeado também disse que é preciso avançar na dragagem do Rio Taquari e no sistema de alertas para desastres, o que envolve governo federal e governo do Estado.
— A região tem outras pautas: um sistema de monitoramento mais eficiente para que a gente tenha, com antecedência, um aviso desses eventos climáticos extremos. E outra pauta de extrema relevância, que a gente não tem tido retorno, é sobre a dragagem do Rio Taquari para que a gente não tenha volume de cheias nessas constâncias que aconteceram em 2023 — disse Caumo.
A emissão de alertas, em especial por parte do governo do Estado, é alvo de críticas recorrentes por parte do prefeito de Lajeado, desde as enchentes de setembro de 2023.
— Sobre o sistema de monitoramento: passados seis meses, o sistema da Defesa Civil segue sendo muito falho. Os comunicados seguem causando mais dúvida do que certeza. Que se tenha essa definição, ou a nível de Brasil ou de Rio Grande do Sul, para que a gente possa trabalhar com previsão — concluiu Caumo.