Antes da letra atual, o Rio Grande do Sul teve outros dois hinos escritos ainda no século 19. O primeiro deles foi criado em 1838 pelo capitão farroupilha Serafim José de Alencastro, conforme dados da obra Nossos símbolos: nosso orgulho.
Em 1839, surgiu um segundo Hino Rio-grandense, de autoria anônima, "que ganhou cunho de oficialidade por ter sido reproduzida no jornal O Povo", conforme trecho da mesma obra.
O terceiro hino — próximo do que se conhece atualmente — é da década de 1930. Em 1966, contudo, um trecho polêmico desta última versão foi suprimido pela Assembleia Legislativa. O trecho cortado fazia referência a gregos e romanos.
Nesta terça-feira (11), os deputados estaduais aprovaram duas propostas que dificultam eventuais tentativas de mudar o Hino Rio-grandense.
Veja abaixo o primeiro Hino do Rio Grande do Sul, de 1838:
"No horizonte rio-grandense
se divisa a divindade,
extasiada em prazer,
dando viva à liberdade.
Da gostosa liberdade
brilha entre nós o clarão;
da constância e da coragem
eis aí o galardão
Avante, ó povo brioso,
nunca mais retrogradar,
porque atrás fica o abismo
que ameaça vos tragar.
Da gostosa liberdade
brilha entre nós o clarão;
da constância e da coragem
eis aí o galardão
Salve, ó vinte de setembro,
dia grato e soberano
dos heróis continentistas
ao povo republicano.
Da gostosa liberdade
brilha entre nós o clarão;
da constância e da coragem
eis aí o galardão"