A Operação Venire, realizada nesta quarta-feira (3), foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, um deles na casa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. No local, o celular dele foi apreendido.
A ofensiva prendeu ainda seis pessoas, entre elas, o ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A investigação da Polícia Federal investiga se houve adulteração no cartão de vacina do ex-presidente para conseguir entrar nos Estados.
Já na tarde desta quarta, Moraes retirou o sigilo dos documentos da investigação, nos quais ele considera ser "plausível" a hipótese investigada pela PF de que o ex-presidente tenha falsificado dados de vacinação para obter vantagens.
"Diante do exposto e do notório posicionamento público de Jair Messias Bolsonaro contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta Suprema Corte, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas Eleições Gerais de 2022", diz trecho da decisão do Moraes.
Veja abaixo os documentos dos quais Moraes retirou o sigilo
Decisão que autoriza os mandados de busca e de prisão, incluindo na casa do ex-presidente:
Decisão de Alexandre de Moraes que retira o sigilo dos documentos:
Solicitação do Ministério Público Federal para ordens judiciais:
Pedido da Polícia Federal para cumprimento dos mandados: