O governo da Ucrânia convidou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a visitar Kiev para que "compreenda" a realidade da agressão russa. Lula tem sido alvo de críticas por sua postura, entendida como favorável à Rússia.
Na segunda-feira (17), Lula recebeu o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para promover mediação internacional na guerra da Ucrânia. No sábado (15), ele afirmou que o Ocidente estava contribuindo para a continuidade do conflito.
O governo dos Estados Unidos acusou o Brasil de estar "papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto", enquanto Lula afirma que deseja promover uma iniciativa de paz.
O porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, criticou em rede social o presidente brasileiro por colocar "a vítima e o agressor no mesmo nível", e por atacar os aliados da Ucrânia que a ajudam a "proteger-se de uma agressão assassina".
Nikolenko pediu a Lula que "compreenda as reais causas e a essência" da guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
A Rússia, sob sanções dos países ocidentais, começou ofensiva diplomática para convencer as potências emergentes de que está apenas se defendendo contra a hegemonia dos Estados Unidos, uma mensagem que será repetida durante a semana pelo chanceler russo em vários países da América Latina.