O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi recebido nesta sexta-feira (14) pelo presidente chinês Xi Jinping, no Grande Palácio do Povo, em Pequim. A recepção aconteceu a céu aberto, na praça em frente ao palácio, ao lado da Praça da Paz Celestial, no período da tarde desta sexta na China, ainda na madrugada no Brasil.
Em seguida, os dois adentraram o palácio para reuniões e um encontro fechado, seguido de um ato público para assinatura de ao menos 15 acordos de cooperação.
Durante reunião aberta entre os presidentes, Lula pregou aproximação entre os países.
— Nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial — afirmou, segundo o G1.
Xi Jinping destacou que a viagem de Lula logo após a recuperação mostra como o presidente brasileiro preza as relações China-Brasil.
— O relacionamento China-Brasil, em desenvolvimento constante, saudável e estável desempenhará papel positivo importante para a paz, o desenvolvimento e a prosperidade das regiões e do mundo — declarou o presidente chinês, de acordo com a secretaria de Comunicação do governo brasileiro.
— A China trata como estratégicas e de longo alcance as relações entre China e Brasil, e dá lugar de destaque a nossas relações exteriores. O senhor, presidente Lula, é nosso amigo de longo tempo e presta muita atenção à amizade entre China e Brasil — também disse Xi.
Os acordos assinados nesta manhã (no Brasil, início da noite na China) tratam da facilitação do comércio entre os dois países e de cooperação em pesquisa e a inovação. Também há medidas envolvendo coprodução para televisão e cooperação entre agências de notícias públicas dos dois países. Há, ainda, acordos para certificações sanitárias e certificações para a entrada de produtos animais.
A delegação brasileira, que chegou em Xangai na noite da quarta-feira (12), é a primeira a visitar a China após a escolha da nova composição dos principais cargos do governo chinês, ocorrida nas sessões gêmeas da Assembleia Nacional Popular e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, no começo de março.