A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 80 denúncias contra pessoas que participaram da invasão que resultou na depredação das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. O número de denúncias contra executores e incitadores dos atos golpistas chegou a 912. A PGR ainda busca identificar financiadores e agentes públicos.
Das denúncias feitas nos últimos dias, 44 foram pelos crimes de incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e associação criminosa, cuja pena máxima é de três anos e três meses de prisão. Outros 36 foram acusados por crimes com violência e grave ameaça, com pena máxima de 30 anos.
Nesta segunda-feira (27), durante reunião com reitores de universidades e representantes de instituições da área da educação, a ministra Rosa Weber, presidente do STF, destacou que os atos golpistas de 8 de janeiro deixaram "evidente quão prejudicial à sociedade brasileira é a desinformação e propagação do discurso de ódio". Disse ainda que "só se pode criticar de forma construtiva se se conhece a instituição".
Para Rosa, as pessoas que participaram da depredação das sedes dos três poderes — das quais o alvo mais violentado foi o STF— "sequer conhecem o papel desempenhado pelo Supremo".