O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (15) que a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição ficará para a próxima terça-feira (20). O deputado também afirmou, ao assumir o comando da sessão, que o orçamento de 2023 será apreciado no dia seguinte, quarta-feira (21).
Lira passou a quinta-feira em sucessivas reuniões com lideranças da Casa e petistas em busca de um entendimento em torno da PEC, e afirmou que ainda não há consenso.
O presidente da Câmara também disse que, "ao contrário do que está sendo divulgado, esta presidência da Câmara não faz barganha", referindo-se às informações sobre as negociações que o deputado tem feito com o PT sobre cargos a aliados no novo governo.
Lira colocou na mesa os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional (que deve ser dividido em Cidades e Integração Nacional), mas o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não deu uma sinalização clara sobre quais serão os espaços do cacique do centrão e de seus aliados.
Diante do impasse, alas do PT já falam em retirar o apoio à reeleição de Lira à presidência da Câmara. O assunto foi levado a Lula que, até agora, orienta os petistas a manter o diálogo com o deputado alagoano. Lira quer indicar cargos no novo governo.
Com a PEC em risco, setores do PT também voltaram a considerar a edição de uma medida provisória (MP) no primeiro dia de governo para garantir o pagamento dos R$ 600 do Bolsa Família e dos R$ 150 a mais para cada criança de até seis anos.