A Polícia Federal (PF) abriu inquérito nesta quinta-feira (10) para apurar se o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, cometeu crimes de prevaricação e violência política. A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal (MPF). As informações são do portal g1 e do jornal Folha de S.Paulo.
O processo, que é mantido sob sigilo, será comandada pela Superintendência da Polícia Federal em Brasília, já que Vasques não tem foro privilegiado. A PF vai apurar suspeitas de crimes diferentes, relacionados a episódios distintos das últimas semanas indicados pelo MPF.
Os policiais vão investigar se a fiscalização de ônibus com eleitores durante o segundo turno das eleições, com ênfase na Região Nordeste e contrariando decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, respeitou a legislação, e se houve ofensa ao livre exercício do direito de voto.
Também será investigado se Silvinei Vasques cometeu crime de prevaricação, por omissão, ao não orientar medidas mais enérgicas para a PRF desobstruir rodovias bloqueadas por atos de caráter golpista após as eleições, nas últimas semanas.
O crime de prevaricação acontece quando um funcionário público age contra a lei — ou deixa de agir por conta própria. A pena é de detenção de três meses a um ano e multa.
Em ofício encaminhado à PF no início do mês, o MPF já havia sinalizado uma suspeita de que Vasques tivesse incorrido nesse crime frente aos bloqueios nas rodovias.
Os procuradores também defendem que o diretor-geral da PRF, que declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno em postagem em redes sociais, seja responsabilizado por "crimes praticados por invasores de rodovias".