Integrante do comitê técnico de infraestrutura no governo de transição, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) afirmou que o grupo irá priorizar um diagnóstico sobre o estado das estradas no país, além de "remontar" os órgãos responsáveis pela área. Nomeado na segunda-feira (14), para o comitê, o aliado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante o primeiro mandato do petista.
O Dnit é a autarquia responsável pela manutenção e pelas obras públicas nas rodovias federais, e tem sofrido nos últimos anos com a escassez de recursos orçamentários. A pesquisa mais recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que um quarto das rodovias brasileiras (25,3%) está em estado ruim ou péssimo.
Em postagem nas redes sociais, Silveira disse estar "honrado" com o convite para compor a equipe de transição e citou que o comitê dedicado à infraestrutura vai trabalhar "incansavelmente" para buscar os dados necessários e para apontar possíveis soluções para o próximo governo, recuperando capacidade de investimentos.
"O objetivo do governo @LulaOficial é recuperar a capacidade de investimentos, gerando renda, emprego, tornando o País atrativo para investimentos, imprescindíveis ao crescimento econômico e nosso potencial e consequente melhoria na condição de vida dos brasileiros", declarou o senador, cujo nome é ventilado como um dos cotados para assumir o Ministério da Infraestrutura no governo Lula.
"Será um prazeroso desafio, em que priorizaremos um diagnóstico sobre o estado das estradas do país e remontar os órgãos responsáveis pela área", disse ele ainda sobre sua participação no grupo de transição.
Além de Silveira, compõem o grupo de infraestrutura a ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Miriam Belchior; o ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galípolo; o ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos Maurício Muniz; o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS); o ex-presidente do Cade Vinícius Marques; a secretária de Infraestrutura do Estado de Pernambuco, Fernandha Batista; e o secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia, Marcos Cavalcante.
A busca por investimentos em infraestrutura para o primeiro ano do novo governo Lula tem movimentado o mercado e políticos em pelo menos três frentes. Eles tentam elevar os desembolsos no setor por meio da PEC da Transição e por emendas parlamentares do Orçamento de 2023, além de se articularem em torno de uma proposta de emenda constitucional que reverte os recursos arrecadados em leilões na área de transportes para reinvestimentos no próprio segmento.