O encerramento da janela partidária, na última sexta-feira (1º), modificou o quadro de bancadas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A sigla que mais ganhou terreno foi o PL, ao qual se filiou o presidente Jair Bolsonaro, mirando o pleito à reeleição. Comparando a eleição de 2018 com o período pós-janela de 2022, o PL passou de dois para cinco deputados estaduais.
Também cresceram com a adesão de parlamentares na janela o PSDB, o Republicanos e o PP. Mantido como a maior força da Assembleia, o PT também ganhou uma cadeira recentemente, mas não foi devido ao período de trocas. O partido herdou uma vaga após a cassação e anulação dos votos do ex-deputado Luís Augusto Lara (na época filiado ao PTB).
A novidade é o União Brasil, que ganha vida na Assembleia com três assentos. Essa legenda é resultado da fusão entre os antigos DEM e PSL — os dois partidos tinham seis deputados no início da legislatura.
Quem mais perdeu espaço foi o PTB, sigla que costumeiramente tinha um diretório forte no Rio Grande do Sul. Além da perda do mandato de Lara, houve uma debandada de quadros do partido após atritos e ameaças de dissolução da direção regional feitas por Roberto Jefferson, cacique nacional petebista. A legenda, comparando 2018 e 2022, despencou de cinco para apenas um parlamentar.
A janela partidária é um prazo de 30 dias para que parlamentares em final de mandato possam trocar de agremiação política com justa causa, sem risco de cassação por infidelidade partidária. Neste ano, o instrumento valeu apenas para deputados estaduais, distritais e federais.