Diante de um plenário lotado, na primeira manifestação após a leitura do termo de posse como governador, na Assembleia Legislativa, na tarde desta quinta-feira (31), Ranolfo Vieira Júnior prometeu seguir a linha política do antecessor, Eduardo Leite, e ressaltou a importância de manter o rigor fiscal que levou ao reequilíbrio das finanças estaduais nos últimos anos.
— A vitória sobre a crise fiscal é um componente importante, não o único, mas o mais facilmente desmontável — discursou Ranolfo.
Para isso, se comprometeu a garantir a responsabilidade no uso de recursos públicos e manter a linha adotada pela gestão tucana desde o início do mandato.
— Pego o timão de um barco em bom rumo — completou, diante de deputados estaduais, federais e chefes dos demais poderes, como Valdeci Oliveira (Assembleia), Iris Helena Medeiros Nogueira (Tribunal de Justiça) e Marcelo Dornelles (Ministério Público Estadual), entre outras autoridades.
Ranolfo destacou ainda medidas como redução de ICMS e retomada de investimentos, e prometeu adotar conceitos de “gestão integrada” para acelerar desembolsos do Programa Avançar — que vem alocando recursos em áreas como saúde, educação e ciência.
O novo governador prometeu ainda diálogo e uma boa relação com o parlamento, e agradeceu o apoio da família na nova missão iniciada nesta quinta-feira.
O presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), pediu atenção especial aos trabalhadores do campo afetados pela seca nos últimos meses.
— Isso é urgente — afirmou Valdeci Oliveira.
Na sequência, Ranolfo seguiu para a cerimônia de transferência do mandato das mãos de Eduardo Leite, no Palácio Piratini.
Natural de Esteio, Ranolfo Vieira Júnior, 55 anos, teve sua vida marcada pela dedicação ao serviço público na área da segurança antes de chegar ao posto mais alto do Executivo gaúcho.
Ao longo de 36 anos de atuação, trabalhou como delegado da Polícia Civil, corporação que chefiou entre 2011 e 2014, foi secretário de segurança de Canoas e acumulou o comando da pasta estadual da mesma área com o cargo de vice-governador sob a gestão de Eduardo Leite — companheiro de chapa com quem se elegeu pelo PTB, antes de migrar para o PSDB. Formado em Direito com especialização em Gestão de Segurança, foi ainda professor universitário e da Academia de Polícia Civil (Acadepol-RS).