- Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, fala à CPI da Covid nesta quarta-feira
- Ele obteve no STF o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo
- A empresa é investigada por uma possível pressão para que médicos conveniados prescrevessem medicamentos do chamado "tratamento precoce" para a covid-19
- A operadora também é suspeita de ter ocultado mortes em estudo com hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus
- O depoimento de Batista Júnior estava marcado para quinta-feira passada, mas ele não compareceu ao Senado alegando não ter tido tempo suficiente para se programar
- Por decisão do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), Batista Júnior passa de testemunha a investigado
- A sessão foi suspensa para intervalo por volta das 14h15min e o retorno ocorreu após cerca de uma hora e meia
O que foi dito até o momento
- O diretor nega-se a responder perguntas referentes a pacientes, como os casos do médico Anthony Wong, com suspeita de omissão da morte por covid no atestado de óbito, e da mãe do empresário Luciano Hang. O médico diz que poderia cometer infração ao comentar sobre tratamentos de pacientes sem autorização da família
- Perguntado sobre sua opinião sobre o tratamento precoce, Batista Júnior diz teste, isolamento e utilização de tudo que se sabe hoje pode ajudar, defendendo a autonomia médica. Afirma que não existe medicação milagrosa.
- Relata que o uso de cloroquina e outros medicamentos em pacientes não fez parte de um estudo, mas baseou-se no ato médico
- O diretor da Prevent não responde sobre ameaças a médico e afirma que denunciante cometeu crime ao entrar no prontuário de pacientes que não eram os seus e extrair dados
- Batista Júnior nega ter escondido mortes por covid e diz que dados foram manipulados
- O diretor admitiu que operadora orientou médicos a modificarem o código de diagnóstico (CID) de pacientes que deram entrada em hospitais com a covid-19, após semanas de internação.