Após aparecer com diversas fraturas e hematomas espalhados pelo corpo, afirmando não saber como os ferimentos ocorreram, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, descartou que tenha sido vítima de violência doméstica. Joice diz ter acordado no último domingo (18) no chão do seu apartamento funcional, em Brasília, no meio de uma poça de sangue, com frio e muitas dores pelo corpo.
Nesta sexta-feira (23), ela respondeu a uma postagem nas redes sociais que indicaria seu marido como o "principal suspeito" pelas agressões, "até que as câmeras e a investigação mostrem o contrário". A deputada alegou que o marido — o neurocirurgião Daniel França, que estava no apartamento, mas tinha dormido em outro quarto — foi quem a socorreu.
"Não sou mulher de malandro e seria a primeira a denunciar qualquer agressão", afirmou. "Se estou viva e não afogada numa poça de sangue é por ele", continuou.
Joice ainda afirmou que não irá permitir "injustiças e calúnias em cima de gente decente, honesta, nobre, em cima de um homem que daria a vida por mim."
Na terça-feira (20), a deputada foi ao hospital fazer exames e descobriu diversos traumas pelo corpo — joelho, costela, ombro e nuca —, incluindo cinco fraturas na face e uma na coluna. Os médicos, segundo ela, descartaram a possibilidade de uma queda acidental. Joice acredita ter levado uma paulada na cabeça.
Ela desconfia ter sofrido um atentado dentro de casa e, por isso, acionou o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) para abrir investigação sobre o caso. As imagens das câmeras de segurança do prédio devem ser analisadas.
Joice está tomando remédio para dores e recebeu o apoio da bancada feminina da Câmara. A segurança no apartamento foi reforçada.
— Estou com dois homens armados aqui, uma faca do meu lado e mandei liberar minha pistola — disse ela. — Eu vou descobrir o que aconteceu comigo, sim. Já investiguei o gabinete do ódio na CPI das Fake News e isso também vou descobrir — finalizou.