O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos participantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que investiga as responsabilidades das autoridades pelo agravamento da pandemia no Brasil, afirmou neste domingo (20) que testemunhas da comissão estão recebendo ameaças de morte.
— Pelo menos duas pessoas já pediram proteção à CPI por ameaças de morte. (...) Isso é muito grave, temos uma banalização da morte no Brasil — lamentou Tasso, ao responder questionamento de Natalia Pasternak, bióloga e presidente do Instituto Questão da Ciência, sobre a segurança de testemunhas da comunidade científica durante live promovida pelo grupo Parlatório, que reúne empresários, economistas e intelectuais.
Rupturas democráticas
Jereissati disse ainda não ter dúvida de que setores do que chamou de "alta vida oficial brasileira" se movimentam para causar ruptura das instituições democráticas do país.
— Ainda acredito nas instituições. Mas que há tentativa deliberada de ferir as instituições, eu hoje não tenho mais dúvida — disse Tasso ao responder questionamento sobre os riscos à democracia brasileira durante a mesma live.
— Estamos nesse caminho, nesse rumo. Para dar uma resposta um pouco otimista, não acredito que será bem sucedido. Mas é um fato que setores da alta vida oficial brasileira estão caminhando nessa direção — afirmou o senador.