O governo do Maranhão vai lançar uma campanha que sorteará até R$ 10 mil em prêmios para aqueles que completarem o esquema vacinal de duas doses contra a covid-19. O anúncio foi feito na terça-feira (15) pelo governador Flávio Dino (PCdoB).
Em entrevista ao Timeline, da Rádio Gaúcha, o governador disse que a medida tem como objetivo criar um incentivo àqueles que não tomaram, ou ainda devem tomar a segunda dose da vacina. Segundo ele, mais de 4 milhões de pessoas que receberam a primeira dose no país não completaram o esquema vacinal.
O Estado já realizava os "arraias da imunização", quando é distribuído mingau de milho a quem se vacina. Ação parecida ocorre nos Estados Unidos, onde, em alguns locais, são oferecidos donuts e cerveja para os recém-vacinados.
A capital maranhense, São Luís, já aplica a primeira dose contra a covid-19 em pessoas a partir dos 26 anos de idade, fora dos grupos prioritários. Com 210 mil doses extras, a cidade reforçou a imunização depois de registrar os seis primeiros casos da variante Delta no país.
Dino também anunciou que, na quinta-feira (17), o município de Alcântara, na Região Metropolitana, será a primeira cidade brasileira a vacinar toda a população com mais de 18 anos. Segundo o governador, isso ocorre porque o município recebeu milhares de vacinas destinadas à população quilombola, que era considerada prioritária no Programa Nacional de Imunização (PNI).
“Seguimos lutando para avançar em todas as regiões, com os Arraiais da Vacinação e o trabalho conjunto com os municípios", escreveu o governador na rede social.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o Maranhão já aplicou 2.285.099 de doses de vacinas contra a covid-19 até a noite de terça-feira. Do total, 1.739.885 correspondem à primeira dose, o equivalente a 76,14%, e os outros 545.214 (23,85%), à segunda dose.
Assim como Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo, Dino projeta que o Maranhão vacinará toda sua população com 18 anos ou mais até setembro.
— Se não houver nenhum fato novo negativo, essa meta de setembro é factível — disse.
No final da entrevista, o governador disse que a lentidão na vacinação no país se deve em parte pela falta do fornecimento do IFA, enviado pela China. Neste caso, ele credita a Bolsonaro o atraso do insumo, pela série de ataques que o presidente já fez ao governo chinês.