Com faixas, cartazes e instrumentos musicais, manifestantes ocuparam as ruas do centro de Porto Alegre, neste sábado (29), para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro. Além de pedirem o impeachment do presidente, os manifestantes pediam o retorno do auxílio emergencial de R$ 600, emprego, controle de preços e mais vacinas contra a covid-19.
Organizado por partidos de oposição ao governo federal, entidades sindicais e movimentos sociais, o protesto espalhou ativistas pela Praça Montevidéu, em frente à prefeitura, e por três quadras da Avenida Borges de Medeiros, do Mercado Público até a Rua Andrade Neves. O trânsito foi bloqueado na região.
Aos gritos de "Fora Bolsonaro" e "Bolsonaro genocida", a manifestação era acompanhada de perto por agentes da Guarda Municipal e policiais da Brigada Militar. Não foram registrados tumultos, mas várias aglomerações. Quase todas as pessoas usavam máscara, grande parte as do tipo PFF2 e N95, que garantem maior proteção contra o coronavírus.
Faixas foram estendidas nas escadarias do Paço Municipal e uma performance com ativistas vestindo macacões brancos e carregando sacos pretos representava os trabalho dos profissionais de saúde na tentativa de salvar vidas. Não havia uma coordenação única na manifestação, com manifestantes discursando e entoando palavras de ordem em mais de um sistema de som, por vezes ao mesmo tempo. Por volta das 16h, eles saíram em uma caminhada.
O protesto de Porto Alegre faz parte de um movimento nacional, com registros em dezenas de cidades do país. Na Capital, a última manifestação contra Bolsonaro havia acontecido em janeiro deste ano, com uma carreata que percorreu os principais bairros da cidade.