Cidades por todo o Brasil têm protestos contra o governo de Jair Bolsonaro neste sábado (29). As manifestações estão programadas para ocorrer em até 200 cidades, entre elas as 27 capitais, de acordo com organizadores.
Além de pedirem o impeachment do presidente da República, os ativistas reivindicam a aceleração da vacinação contra a covid-19 e o retorno do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, entre outras pautas.
Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte deram a largada nas atividades. Em Brasília, a concentração começou pouco depois das 9h, na Esplanada dos Ministérios. Portando cartazes, bandeiras e faixas pedindo “Fora Bolsonaro”, os manifestantes se reuniram inicialmente em frente ao Museu da República, antes de marchar pelas largas avenidas do principal cartão-postal da capital federal. Em meio às palavras de ordem, havia ativistas tocando instrumentos e bonecos infláveis do presidente da República.
No Rio, a concentração de manifestantes levou à interdição parcial da Avenida Presidente Vargas, segundo o Centro de Operações da Prefeitura. Agentes de trânsito, guardas municipais e policiais militares acompanhavam o protesto e orientavam o trânsito na região. O ato também estava angariando doações de alimentos para famílias carentes.
Em Belo Horizonte, a Praça da Liberdade começou a reunir os ativistas por volta das 10h. Em seguida, eles começaram uma caminhada até o Centro. Em Campinas (SP), os manifestantes ocuparam o Largo do Rosário, no centro da cidade. O protesto na capital paulista está marcado para as 16h.
Em Recife (PE), um ato no centro da cidade foi encerrado por volta das 13h, após confronto entre a Polícia Militar e participantes. Os policiais utilizaram balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Os atos dividem expoentes da esquerda por conta do potencial agravamento da pandemia decorrente de aglomerações. Oficialmente, as manifestações estão sendo organizadas por coalizões sociais como Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos.
Entretanto, partidos de esquerda como PT, PSOL, PC do B, PCB, PCO e UP estão envolvidos nos atos por todo o país. Para evitar intensificar a disseminação do coronavírus, organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não convocaram seus integrantes para as passeatas, embora não se posicionem contra quem quiser participar.
A orientação dos organizadores é para que os manifestantes mantenham o distanciamento social e usem máscaras seguras, de preferência do tipo PFF2. Em Porto Alegre, o protesto teve início por volta das 15h, em frente à prefeitura.