O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a vacinação de toda a população brasileira está garantida até o final deste ano em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite desta terça-feira (23). Em tom moderado, o chefe do Executivo nacional citou os acordos que o governo federal fez para obtenção do imunizante, passando pelos contratos para as vacinas de Oxford e CoronaVac e pontuando negociações mais recentes, como é o caso da Pfizer.
— Quero tranquilizar os brasileiros e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população.
Bolsonaro abriu o discurso citando a variante do coronavírus, que "infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros".
No discurso, Bolsonaro também afirmou mais uma vez que o seu governo sempre tentou priorizar o combate ao vírus e ao desemprego. Segundo o presidente, a União nunca deixou de atuar no âmbito da economia e da crise sanitária. O pronunciamento de Bolsonaro ocorre no mesmo dia em que o país registra pela primeira vez mais de 3 mil mortes por covid-19 em 24 horas.
Em seguida, elencou alguns dados sobre a vacinação o país:
— Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da Federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia.
Bolsonaro também afirmou que, em poucos meses, o país será autossuficiente na produção de vacinas contra a covid-19, citando a produção do insumo farmacêutico ativo, que é a matéria-prima para a vacina, em território brasileiro:
— Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir — disse o presidente.
Nos cerca de quatro minutos de discurso, Bolsonaro não cita ou comenta as polêmicas envolvendo as vacinas no país, como imbróglios em negociações com fabricantes e falas dele sobre a eficácia dos imunizantes.
— Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito — disse em trecho do comunicado.
Finalizando o pronunciamento, o presidente presta solidariedade a “todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias” e pede que “Deus conforte seus corações”.