O comitê de combate à covid-19 criado pelo governo federal se reúne pela primeira vez nesta quarta-feira (31). O grupo é liderado pelo presidente Jair Bolsonaro e foi anunciado na semana passada após reunião com representantes dos três poderes, ministros e governadores aliados ao governo. A reunião do colegiado ocorre no Palácio do Planalto nesta manhã.
O Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentando da Pandemia da Covid-19 é formado pelo presidente Bolsonaro, pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), além de um membro observante indicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Ministério da Saúde participa como responsável pela secretaria-executiva do colegiado.
O grupo foi criado após o país registrar altas recordes no número de mortes pelo novo coronavírus neste mês. O cenário na saúde é de colapso de várias redes hospitalares. Há registros de falta de leitos hospitalares e medicamentos para a intubação de pacientes.
Como resposta, governadores e prefeitos têm intensificado medidas restrição inclusive com toques de recolher para evitar a maior contaminação pelo vírus. Bolsonaro, contudo, mantém o posicionamento contrário às medidas de fechamento, recomendadas por especialistas, por conta do impacto na economia.
No comitê, o presidente do Senado é responsável por intermediar as demandas de governadores, com quem se reuniu na semana passada. Quando o grupo foi anunciado, os chefes estaduais e prefeitos cobraram uma participação direta no colegiado. Também houve críticas ao governo por ter estabelecido o comitê um ano após o início da pandemia da covid-19 no Brasil.
Na última terça-feira (30), o país registrou novo recorde de mortes no período de 24 horas, com 3.668 óbitos causados pelo vírus, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa. O total de vidas perdidas no Brasil pela doença ultrapassa 317 mil. O mês de março já tem mais do que o dobro de mortes do que julho do ano passado, que até então havia sido o pior mês da pandemia no país. Em relação à vacinação, quase 17 milhões de pessoas, 8% da população, receberam pelo menos a primeira dose do imunizante.