O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que planeja apresentar seu pedido de desfiliação do DEM até o fim do mês. Ele vai fazer o pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando "justa causa", já que ficou sem condições de permanecer na legenda depois dos embates públicos que teve com o comando do partido durante a eleição para a presidência da Câmara.
Assim que for enviado, o recurso precisará ser analisado pelo TSE para saber se há procedência no pedido. Pela lei de fidelidade partidária, Maia só poderá mudar de sigla se o tribunal considerar que há um motivo forte o suficiente que justifique isso. Do contrário, perderá o direito ao mandato parlamentar se deixar o DEM.
A princípio, havia até a intenção da direção do partido de permitir que Maia deixasse a legenda, sem reivindicar o seu mandato. Mas, com o acirramento da briga com o presidente do DEM, ACM Neto, de quem criticou o "caráter", isso foi colocado de lado.
Maia afirmou que ainda não decidiu a qual partido pretende se filiar. Segundo ele, essa decisão será tomada apenas "mais para frente". Entre as opções possíveis estão PSDB, PSL, MDB, Cidadania e até uma eventual nova legenda que seja fruto da fusão de partidos atuais e que, de acordo com ele, poderia abrigar uma frente política de centro.