O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagraram operação, na manhã desta quinta-feira (10), para investigar um suposto esquema de corrupção na prefeitura carioca. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), foi um dos alvos da ofensiva.
Buscas foram feitas na casa de Crivella, na sede da prefeitura e no Palácio da Cidade, onde ele despacha. Um celular do prefeito teria sido apreendido, conforme a TV Globo.
Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. A ação é desdobramento da Operação Hades, de março, que apura um suposto "QG da propina" na prefeitura do Rio.
A investigação teve como ponto de partida a delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso no âmbito da operação Câmbio Desligo, um dos desdobramentos da Lava-Jato fluminense. Veio dele a expressão "QG da Propina" para se referir ao esquema, que teria como operador Rafael Alves, homem forte da prefeitura, apesar de não ter cargo oficial. Ele é irmão do ex-presidente da Riotur, Marcelo Alves — os dois foram os principais alvos dos mandados de março, e Marcelo foi exonerado logo depois.
O suposto QG funcionaria assim, de acordo com o delator: empresas interessadas em trabalhar para o Executivo carioca entregavam cheques a Rafael, que faria a ponte com a prefeitura para encaminhar os contratos. O esquema também funcionaria no caso de empresas com as quais o município tinha dívidas — aqui, o operador mediaria o pagamento.
Crivella não se pronunciou até a publicação desta matéria.