A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público (MPRJ) iniciaram, nesta terça-feira (10), uma operação dentro do inquérito que investiga a denúncia de um "QG da propina" na prefeitura do Rio. Equipes estão na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e em endereços de Marcelo Alves, presidente da Riotur, e do irmão dele, Rafael. Ao todo, são 17 mandados de busca e apreensão. As informações são do portal G1.
Doleiro delatou esquema
No início de dezembro, um inquérito foi aberto pelo MPRJ, com base na delação do doleiro Sérgio Mizrahy — preso na operação Câmbio Desligo, desdobramento da Lava-Jato no Rio. No depoimento, Mizrahy chama um escritório da prefeitura e “QG da propina”. O doleiro não soube dizer se o prefeito Marcelo Crivella sabia da existência da estrutura.
Na ocasião, nem a prefeitura, nem os irmãos Alves se pronunciaram. Segundo a delação, o operador do esquema é Rafael Alves. Mizrahy afirma que empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município procuravam Rafael, com quem deixavam cheques. Em troca, ele intermediaria o fechamento de contratos ou o pagamento de valores que o poder municipal devia a elas.
Rafael não possui cargo na prefeitura, mas, segundo reportagem do jornal O Globo, tornou-se um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos de empresas e pessoas físicas na campanha de 2016. Depois da eleição, o empresário emplacou o irmão na Riotur e, segundo o doleiro, montou um “QG da propina”.