O Pastor Everaldo, presidente do Partido Social Cristão (PSC) e candidato à Presidência da República em 2014, foi preso nesta sexta-feira (28) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida faz parte da Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do cargo por 180 dias.
De acordo com o portal G1, Pastor Everaldo foi citado na delação premiada do ex-secretário de Saúde do RJ Edmar Santos, que está preso por suspeita de corrupção. Segundo ele, era o presidente do PSC quem "mandava" na área da saúde do Estado.
No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão sendo cumpridos. O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico fluminense, Lucas Tristão, também foi preso na ação.
Operação Tris in Idem
A operação desta sexta-feira, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação Placebo, deflagrada em maio. O nome da ofensiva é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do RJ que se utiliza de esquemas ilícitos para obter vantagens indevidas.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, a partir da eleição de Witzel, estruturou-se no âmbito do governo uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, os grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais, como a Secretaria de Saúde, para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.
Contraponto
Ao portal G1, a defesa do Pastor Everaldo afirmou que ele sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera a sua confiança na Justiça.
Também por meio de nota, o PSC informou que o ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional da legenda, assume provisoriamente o cargo de presidente. O calendário eleitoral do partido segue sem alteração.