BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Casa Civil aprovou a nomeação de Isabela Braga Netto, filha do ministro e general Walter Braga Netto, para um cargo de gerência na ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar). Braga Netto é o titular da pasta.
A indicação para o cargo de livre nomeação, com salário previsto de R$ 13 mil, está em análise pela diretoria da agência reguladora.
O nome foi aprovado pela Casa Civil, já que a pasta ministerial analisa a idoneidade de todas as indicações feitas para funções federais de alto escalão.
Segundo a agência reguladora, foi realizado um procedimento consultivo para verificar a possibilidade de a filha do ministro ocupar o posto.
"A situação segue em análise pela diretoria demandante, ainda sem previsão de conclusão", explicou a entidade de saúde. Procurada, a Casa Civil não se pronunciou.
Com a repercussão negativa da indicação, assessores presidenciais passaram a defender que a nomeação não seja efetivada. Segundo relato feito à reportagem, o conselho foi inclusive levado ao presidente Jair Bolsonaro.
O receio, inclusive de integrantes da cúpula militar, é que o episódio possa desgastar ainda mais a imagem das Forças Armadas, criticadas por seu envolvimento no comando do Ministério da Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus.
A possibilidade de nomeação da filha do ministro foi revelada pela revista Veja no fim de semana. Ela é formada em comunicação social e não é servidora de carreira.
Se a indicação for efetivada, Isabela ocupará posto na gerência de análise setorial e contratualização com prestadores. O cargo é exercido atualmente por Gustavo Macieira, especialista em regulação.