O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello deu prazo de 48 horas para que a Advocacia-Geral da União (AGU), o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial que faz parte do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal (PF). As partes devem se posicionar sobre o levantamento total ou parcial do sigilo. A determinação foi despachada nesta terça-feira (12).
O vídeo foi exibido ao ex-ministro e a procuradores nesta terça-feira. Segundo Moro, Bolsonaro o ameaçou com possível demissão se não ocorresse troca no comando da PF no Rio de Janeiro.
“(...) Especialmente em face da circunstância de que todos tiveram acesso ao conteúdo integral de referida mídia eletrônica, em ato realizado, na data de hoje, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília/DF, esclarecendo se ainda insistem em seus respectivos pleitos de divulgação integral ou de divulgação limitada aos fatos objeto da presente investigação penal”, diz trecho do despacho do decano do STF.
A gravação foi entregue na última sexta-feira ao STF pela Advocacia-Geral da União (AGU).Os registros estão sob sigilo temporário para o público. A decisão sobre a divulgação cabe ao ministro do STF.