Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde 2017, Geddel Vieira Lima foi transferido nesta sexta-feira (20) para Salvador, Bahia. Lá, ele terminará de cumprir a pena de 14 anos e 10 meses de prisão a que foi condenado, em outubro de 2019, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal, Geddel foi transferido esta manhã por força de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi escoltado por agentes da Polícia Federal (PF), a bordo de uma aeronave da corporação.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin, do STF, acolheu o pedido da defesa de Geddel e autorizou sua transferência para o sistema carcerário em Salvador. No pedido de remoção, a defesa alegou que os parentes de Geddel moram na capital da Bahia.
Ex-deputado federal, Geddel atuou como ministro nos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. Ele foi preso em setembro 2017, depois que a polícia encontrou R$ 51 milhões guardados em malas deixadas em um apartamento de Salvador. No mesmo julgamento, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, recebeu pena de 10 anos e seis meses de prisão.
Ao autorizar a transferência de Geddel, o ministro Edson Fachin determinou que, além de continuar a cumprir sua pena em Salvador até ter direito à progressão de regime, Geddel deverá pagar R$ 1,6 milhão como pena pecuniária pela condenação. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, Geddel ficará no Centro de Observação Penal do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
A Agência Brasil tentou fazer contato com o advogado de Geddel, mas este não retornou aos telefonemas da reportagem.