Depois do episódio em que trocou farpas com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por redes sociais, Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que errou e que o episódio não irá se repetir. A declaração da depurada federal, ex-líder do governo na Câmara, foi dada em entrevista ao programa Roda Viva na noite desta segunda-feira (21).
— Confesso que errei. Perdi a paciência, não tenho sangue de barata, eles ficam me provocando demais. Eu acho que eu não deveria ter descido a esse nível porque isso não ajuda o Brasil. Passei do limite. Ele jogou uma isca e eu fui lá e mordi. Isso não vai mais acontecer. Não ajuda em nada quando eu desço ao nível da molecada.
O episódio ao qual ela se referiu ocorreu no sábado (19), quando os deputados voltaram a bater boca no Twitter. O parlamentar compartilhou uma mensagem de Joice e publicou a hashtag #DeixeDeSeguirAPepa.
Joice respondeu: "Picareta! Menininho nem-nem: nem embaixador, nem líder, nem respeitado. Um zero à esquerda. A canalhice de vocês está sendo vista em todo Brasil".
A troca de ofensas ocorre em meio à crise no PSL — Joice ficou do lado do presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), e não com a ala bolsonarista.
A deputada federal também criticou a articulação de ministros e do próprio presidente para tirar o deputado Delegado Waldir (GO) da liderança do PSL na Câmara, e substituí-lo por Eduardo.
— Não pode haver uma interferência do Executivo desse tamanho no Legislativo. Quando o presidente da República, que é o homem mais importante desse país, sai da estatura dele e desce para fazer uma espécie de lobby pra eleger o filho deputado, no que isso ajuda o país? Isso enfraquece o presidente, isso me dói — afirmou.
A deputada também afirmou que, durante a campanha eleitoral, achava que os filhos do presidente não tivessem "tanto poder de influência" sobre Jair Bolsonaro.
Mesmo em meio à crise que assola a sigla, Joice definiu o PSL como um "grande partido de direita do país".
— E os incomodados que se mudem — emendou.
Depois, afirmou que seria negativo Bolsonaro deixar a sigla:
— Acho que seria ruim para o partido e para o presidente, mas ele mesmo (Bolsonaro) disse que (a crise) é (como) uma ferida que tende a cicatrizar.