O apresentador Luciano Huck diz que o empréstimo que fez junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comprar um avião foi "transparente, pago até o fim, sem atraso". Na segunda-feira, o banco divulgou uma lista de centenas de empresas que fizeram operações semelhantes. O presidente Jair Bolsonaro anunciou, há uma semana, que ela seria publicada.
Por meio da empresa Brisair, empresa da qual é sócio com Angélica Huck, o apresentador pegou R$ 17,7 milhões com o BNDES em 2013 por meio do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame).
"A empresa Brisair, da qual sou sócio, comprou um avião produzido pela Embraer. Para tanto, fizemos um empréstimo transparente, pago até o fim, sem atraso. Tudo como manda a lei", afirma Huck em texto enviado à reportagem.
"O BNDES/Finame é um tipo de financiamento bancário concebido para favorecer a indústria nacional, abrindo-lhe condições de competir em pé de igualdade com produtores estrangeiros. Milhares de operações financeiras como esta foram realizadas, com único objetivo de estimular a produção, a aquisição e a comercialização de bens, máquinas e equipamentos produzidos no Brasil", segue o apresentador.
"A compra e o financiamento da aeronave foi feita por meio de um contrato absolutamente legal, sem vício, vantagem ou privilégio", finaliza ele.
No ano passado, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem mostrando que Huck usou, em 2013, empréstimo de R$ 17,7 milhões do BNDES para comprar um jatinho particular da Embraer. O financiamento, do programa Finame, teve como beneficiária a Brisair Serviços Técnicos e Aeronáuticos Ltda. e o Itaú como instituição financeira intermediária.
Os juros do empréstimo, datado de 29 de maio de 2013, foram de 3% ao ano, com 114 meses de amortização para o pagamento. Procurada à época da reportagem, a assessoria de Luciano Huck havia dito que "o Finame é um programa do BNDES de incentivo à indústria nacional, por isso financia os aviões da Embraer".