O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (20) que a imprensa brasileira distorce as suas declarações públicas e que os veículos de comunicação "morrem de saudades do PT". Em mensagem nas redes sociais, ele reagiu às críticas aos seus recentes posicionamentos — na sexta-feira (19) o presidente disse que não há fome no Brasil, chamou os governadores nordestinos de "paraíbas" e atacou a jornalista Miriam Leitão.
"Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Palácio do Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má-fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos", escreveu, referindo-se a um café com correspondentes estrangeiros nesta sexta.
O presidente afirmou ainda que sempre defendeu a liberdade de imprensa, "mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT", afirmou.
Bolsonaro depois acrescentou, também em redes sociais:
"Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados".
Em um dia de declarações controversas em sequência, o presidente também criticou a multa de 40% do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Ele ainda criticou o filme Bruna Surfistinha, mesmo admitindo que não o assistiu, e disse que vai extinguir a Agência Nacional do Cinema (Ancine) se o órgão não tiver filtro.