O juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora (MG), intimou o presidente da República Jair Bolsonaro a depor no caso da facada sofrida durante a campanha eleitoral. O presidente deve ser ouvido ou responder por escrito até sexta-feira (7). As informações foram divulgadas pelo portal G1.
“Em respeito à relevância e à dignidade do cargo ocupado pela vítima – o Excelentíssimo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro – faculto-lhe a tomada de seu depoimento por escrito, por aplicação analógica da norma contida no art. 221, §1°, do CPP (Código de Processo Penal)”, escreveu o juiz na decisão.
O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, confessou o crime na ocasião. No dia 28 de maio, ele foi considerado inimputável — ou seja, pessoa incapaz de discernir sobre seus atos. Com isso, se for condenado, deve cumprir pena em manicômio judiciário.
Segundo os laudos pedidos pela Justiça, o agressor tem uma doença chamada transtorno delirante permanente (antigamente chamado transtorno paranoide). Em entrevistas com psicólogos e psiquiatras, Adélio teria afirmado que não cumpriu sua missão, e que iria matar o presidente assim que saísse da cadeia.
“Face à urgência requerida pelo feito, que envolve réu preso há mais de 8 (oito) meses, as partes deverão formular, no prazo de 48h, suas perguntas, as quais serão transmitidas por ofício à vítima, a quem será solicitada a devolução das respostas até 07/06/2019, último dia útil anterior à data da audiência de instrução designada para eventual oitiva das testemunhas de acusação”
No dia 6 de setembro de 2018, Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora. O ataque o obrigou a passar por duas cirurgias e usar uma bolsa de colostomia durante todo o período eleitoral restante.