
Um esquema reforçado de segurança foi preparado na Assembleia Legislativa gaúcha para a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Estado a venda de estatais sem consulta popular. A votação do projeto no plenário deve começar às 15h.
O Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) posicionou seus policiais à frente da entrada da Casa para evitar que manifestantes sem senhas para acompanhar a sessão ingressem no local. Ao redor do parlamento, há policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e viaturas posicionadas ao redor da Praça da Matriz.
Os líderes das bancadas da oposição receberam 120 senhas para distribuir a manifestantes. Outras 120 foram distribuídas para apoiadores do governo. Cortinas de ferro foram colocadas em frente ao parlamento e gradis para controlar a circulação de veículos e pedestres.
Em relação à votação em primeiro turno, há número muito menor de manifestantes, e o clima é calmo. Na manhã desta terça-feira (7), a reunião de líderes de bancadas definiu que o segundo turno da votação seria a primeira da ordem do dia.
Deputados estimam que a votação deva ser encerrada antes das 19h. O líder do governo na assembleia, deputado Frederico Antunes, disse estar confiante na aprovação do projeto. Um acordo entre deputados prevê que a ala governista evite fazer manifestações longas no plenário para evitar debates.
A proposta
O projeto, no primeiro turno de votação, teve 40 votos favoráveis e 13 contrários. Ele é considerado fundamental pelo governo Eduardo Leite para iniciar os trâmites de adesão ao projeto de recuperação fiscal.
Caso a PEC seja aprovada, o governo ainda tem de encaminhar projeto para a efetiva privatização das estatais. Estão na mira do governo: CEEE, Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) e Sulgás.