A sessão ordinária de terça-feira (16) na Câmara de Vereadores de Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi marcada por um fato inusitado: uma agressão com uma mamadeira. A ação acabou provocando um bate-boca entre dois dos parlamentares que estavam no plenário.
A confusão começou devido a uma crítica de um vereador. O ex-vice prefeito da cidade e ex-secretário regional, Jairo José Luft (MDB) falou em uma rádio local sobre uma obra da rede de abastecimento de água da Unidade Prisional Avançada de Campos Novos.
O vereador Irineu Armando Osório Junior, o Piratuba, do PP, levou uma mamadeira ao púlpito para criticar a fala. No pronunciamento, colocou o objeto sobre a mesa diretora, em frente ao vereador Dirceu José Kaiper (MDB). Visivelmente irritado com a atitude, Kaiper pega a mamadeira e joga de volta para Piratuba, que segura e arremessa o objeto contra o colega.
Os dois, então, começam a discutir. O presidente da casa legislativa, Darcy Rodrigo Pedroso (MDB), pede que os dois parlamentares se retirem do local. Piratuba diz, no vídeo, que confia como o colega "confia no seu Jairo José Luft, o mamador". Em meio a risadas, o restante do diálogo fica incompreensível.
Por telefone ao NSC Total, o vereador Piratuba explicou por que levou uma mamadeira ao plenário. Ele esclareceu que a crítica não tinha relação com o colega parlamentar, mas sim com o ex-secretário.
— Eu tinha conhecimento da obra, sobre o que aconteceu ali, e que essa instalação era com R$ 100 mil do Estado e R$ 92 mil da Samae, um órgão do município. Aí o Jairo José, que foi por duas vezes vice-prefeito do município e era secretário regional, se queimou falando que a obra era dele e do prefeito. Na realidade, o dinheiro é do Estado, e o município, em contrapartida, ajudou. Levei a mamadeira e disse que o que o Jairo José fez pelo município foi somente mamar. Não fez nada, só mamou. Coloquei a mamadeira na tribuna do lado do colega. Ele se queimou e jogou a mamadeira na minha pessoa. Eu, em legítima defesa, retruquei ele — explicou Piratuba.
Segundo o vereador, ele e Kaiper ainda não se falaram após o episódio.
A reportagem tentou contato pelo celular pessoal de Kaiper, mas não conseguiu. Em contato com o gabinete, a assessora do vereador afirmou que não acompanhou a sessão e que, naquele momento, não sabia esclarecer o que havia ocorrido.