O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, Eduardo El Hage, afirmou na tarde desta sexta-feira (29) que está preparando um recurso para a manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Temer foi preso na semana passada, mas solto alguns dias depois por meio de um habeas corpus.
— Vamos lutar na Justiça para que o ex-presidente Temer retorne à prisão — afirmou El Hage.
— No dia em que ele foi preso já havia três denúncias contra ele — disse o coordenador.
— Agora estamos apresentando mais duas. Ele já deveria ter sido preso em flagrante no Jaburu e só não foi por conta de um obstáculo constitucional (foro privilegiado). — acrescentou.
Os procuradores entendem que a prisão preventiva é necessária porque, solto, Temer poderia obstruir as investigações, interferir na ordem pública e na execução penal.
El Hage cita a comunicação entre Temer e Moreira Franco na madrugada da prisão como um indicativo de que as informações da investigação teriam vazado.