Reeleito para assumir um terceiro mandato como presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou ao canal de TV GloboNews que o método do governo Jair Bolsonaro para ganhar apoio entre os parlamentares para aprovar a reforma da Previdência, por ser novo, pode não resultar em 308 votos, o mínimo necessário para aprovação de emendas constitucionais.
— Eu acho correto, mas por ser um método novo, há uma transição, então pode não gerar 308 votos no curto prazo — disse Maia, em referência à intenção de Bolsonaro de negociar por meio de bancadas temáticas e não pelos partidos políticos.
O presidente da Câmara disse ainda que sua relação com o Bolsonaro"será sempre de muito diálogo", assim como com todos os partidos políticos representados no Congresso.
Em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ter atuado para a derrota de Maia, o deputado disse que não acredita nisso.
— Se atuou, atuou mal, porque não me derrotou. Mas não creio que tenha atuado porque é muito competente — afirmou.
Em seguida, Maia fez um agradecimento especial ao ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
— Foi muito correto comigo — disse.
Também não deixou de agradecer a dois governadores petistas, Wellington Dias, do Piauí, e Camilo Santana, do Ceará.
— Me deram aulas de gestão — afirmou.
Contra o voto aberto no Senado
Maia também questionou o voto aberto para a eleição no Senado e disse que a opção pode gerar nulidade do processo.
— Da forma como estão construindo é muito ruim. As pessoas passam e as instituições ficam. Não se pode decidir pelo voto aberto para derrotar candidato A ou B. O voto aberto pode gerar nulidade — disse.