O governador eleito Eduardo Leite (PSDB) segue à procura de um nome técnico para assumir a Secretaria da Fazenda. O economista Bruno Fuchal, atual titular da pasta no governo do Espírito Santo, recusou o convite feito pelo tucano na semana passada.
Em conversa com Leite, Funchal agradeceu ter sido lembrado para o cargo, se disse honrado pela sondagem, mas disse que pretende retomar a carreira acadêmica a partir de 2019. Doutor em Economia e com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), ele é professor da Fundação Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças, onde pretende voltar a dar aulas.
- Vim para o governo (do Espírito Santo) participar de um projeto e vou cumpri-lo. Foi muito gratificante, mas já falei para ele (Leite) da minha intenção de retornar à vida acadêmica - disse Funchal, que também recusou convite semelhante do governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC).
O secretário conversou duas vezes com Leite. Na segunda oportunidade, há alguns dias, lamentou não poder atender ao convite, mas se dispôs a ajudar à distância. Responsável por tornar o Espírito Santo o o único Estado a receber este ano a nota máxima da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), num indicador que leva em conta endividamento, poupança corrente e liquidez das contas públicas, Funchal alertou que o Rio Grande do Sul tem uma das situações fiscais mais desafiadoras do país. Nas conversas por Skype e WhatsApp que manteve com Leite, fez um diagnóstico e citou medidas que podem ser adotadas no Estado.
- O governador estava interessado nas ações para obter o equilíbrio fiscal e os resultados que temos hoje por aqui. Falamos sobre uma agenda para o Rio Grande do Sul que, a meu ver, precisa desenhar o modelo para aderir ao regime de recuperação fiscal e implementar um plano de privatizações. O principal ativo ele já tem, que é uma equipe qualificada - comenta Funchal.