Candidato a vice-presidente da República na chapa liderada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que tem expectativa de enviar uma pacote de medidas ao Congresso já em fevereiro, caso sua coligação vença as eleições do próximo domingo (28). A informação foi dada na manhã desta terça-feira (23) em entrevista coletiva em um hotel em Pelotas, na Região Sul, onde o militar da reserva deu início a um roteio de visitas pelo Estado.
– A nova legislatura abre em fevereiro, e temos que enviar o pacote de medidas já neste mês. Como dizia aquele personagem de novela – o tempo ruge e a Sapucaí é grande – finalizou em tom bem-humorado o candidato a vice.
Uma das propostas do pacote que devem ser enviadas em fevereiro ao Congresso trata sobre o novo Estatuto do Desarmamento. Embora não tenha dado maiores detalhes, o candidato afirmou que o assunto está sendo discutido a bastante tempo pelo gabinete de planejamento da campanha, e que a intenção é dar ''liberdade para as pessoas se defenderem''.
Mourão ainda descartou a possibilidade de haver toque de recolher no período da noite:
– Isso não existe.
O candidato também declarou ser contra a reeleição. Em relação a um futuro processo de transição, o general negou que já esteja em tratativas com a equipe do presidente Michel Temer.
Quanto à declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) que afirmou que para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) seria preciso ''apenas um cabo e um soldado'', o candidato classificou como infeliz as palavras do deputado.
- Ele obviamente foi infeliz na fala, é o que eu chamo de arroubo juvenil. O pai dele já foi muito claro e taxativo. Nem no período militar houve fechamento do STF – afirmou Mourão.
A comitiva presente a Pelotas contou ainda com o candidato a vice governador José Paulo Cairoli, a presidente do PSL-RS, Carmen Flores, e deputados federais eleitos no Estado. Depois de Pelotas, o candidato segue para Rio Grande e Santa Maria.
