Um notebook que continha registros de propina foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros em um lago em Paraíba do Sul, no interior do Rio de Janeiro. Ele foi localizado na fazenda de Carlos Miranda, apontado como o operador financeiro de um esquema de corrupção que seria liderado por Sérgio Cabral, ex-governador do estado, preso desde novembro de 2016 e condenado a 183 anos de reclusão.
As informações sobre o resgate foram divulgadas pela GloboNews. Miranda afirmou que jogou o computador — que guardava as planilhas com as transações do grupo — no local quando a Lava-Jato começou. Entre as provas estavam pagamentos feitos ao então procurador-geral de Justiça do RJ, Cláudio Lopes, denunciado na última terça (9) por corrupção passiva, formação de quadrilha e quebra de sigilo.
Segundo o portal G1, a propina seria para que Lopes blindasse a organização e protegesse os envolvidos de investigações do Ministério Público do RJ. Ele teria, inclusive, pedido favores ao grupo de Cabral.
A defesa do ex-procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, afirmou que vai provar que as acusações são improcedentes.