A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, encerrou nesta terça-feira (1º) o ato em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, lendo uma carta escrita pelo ex-presidente na cadeia. A manifestação teve a presença de milhares de pessoas, conforme a Polícia Militar (PM).
O ex-presidente diz sentir tristeza porque a "democracia está incompleta" e compara o desempenho do governo Michel Temer na economia com os tempos de bonança de seus dois governos.
"A mesa já não é farta, e até para cozinhar o pouco que têm muitas famílias catam lenha porque não podem mais pagar o bujão de gás". "Vocês se lembram da prosperidade do Brasil naqueles tempos (de seus governos)", continua o petista.
Na sequência, declara que era criticado na imprensa pela condução econômica "quando o Brasil ia bem". Segundo ele, hoje os mesmos críticos falam em "retomada da economia".
Ao final, em tom eleitoral, Lula promete a volta dos bons tempos. "Sabemos que esse Brasil é possível. Mais do que isso, já vivemos nesse Brasil há muito pouco tempo atrás".
Depois de ler a carta, Gleisi voltou a afastar os rumores sobre um possível "plano B" do partido nas eleições presidenciais, os quais atribuiu à "grande mídia".
— Se alguém falar em "plano B" para vocês, não acreditem. Lula vai ser o nosso candidato — disse a senadora.
Vaias
Mais cedo, Aldo Rebelo, pré-candidato pelo SDD, foi vaiado enquanto discursava contra a intolerância.
— Se nós não somos capazes de manter a tolerância num ato como este, não temos autoridade para pedir unidade em defesa da democracia. Que eles (adversários) alimentem este clima, compreendo. Só não compreendo quem se declara democrata não ter capacidade de tolerar — reagiu Aldo, sob vaias.
O evento teve ainda a participação dos pré-candidatos Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).