A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) respondeu, recentemente, aos questionamentos do Ministério Público Federal (MPF) quanto à passagem da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Santa Maria, em 20 de março deste ano, quando o político cumpriu agenda oficial dentro da instituição. O MPF apura um suposto caso de improbidade administrativa, após representação feita pelo bacharel em Direito da UFSM Giuseppe Riesgo.
No ofício apresentado pela universidade, a instituição comunicou que o ato não teve cunho político-partidário. Também foi dito que a instituição de Ensino Superior já recebeu em outros momentos ex-presidentes, ex-governadores e deputados. O documento acrescenta que as manifestações no entorno do encontro não foram promovidas ou organizadas pela UFSM.
Ainda no ofício, a universidade afirma que não empregou recurso orçamentário para a realização da reunião, no gabinete do reitor, com o ex-presidente.
Desde o fim de abril corre o prazo de 10 dias para que Riesgo se manifeste. Se assim entender, o reclamante poderá oferecer documentos e contra-argumentar a posição do reitor. O MPF se manifestará apenas após a conclusão da apuração dos fatos.
O caso
Ainda em março, o bacharel em Direito — que é filiado ao Partido Novo — buscou o MPF e também o Ministério Público Estadual (MPE) por entender que o ex-presidente se valeu de uma estrutura federal para promover um ato de "campanha política antecipada".
À época, Riesgo disse ao GaúchaZH que não agiu motivado levando em conta a situação partidária dele, mas, sim, por entender que a UFSM sediou um ato de "campanha política antecipada".