Após ser citado na delação do ex-deputado Diógenes Basegio (PDT), o ex-prefeito de Porto Alegre, Jose Fortunati (PSB) se defendeu das acusações de nepotismo cruzado em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quarta-feira (3).
De acordo com Basegio, a nora e uma prima dele teriam sido funcionárias fantasmas do gabinete de Fortunati, enquanto a mulher do ex-prefeito e atual deputada estadual Regina Becker (Rede) teria sido contratada como assessora de Basegio como contrapartida. Fortunati justificou que Regina foi coordenadora do memorial da Assembleia Legislativa durante 9 anos e de forma regular.
— A Regina foi convidada lá em 2004, pelo então presidente da Assembleia, Vieira da Cunha, para organizar o memorial da Assembleia Legislativa. Isso porque ela é formada em restauração do patrimônio público. Ela permaneceu durante oito presidentes como coordenadora do memorial da Assembleia Legislativa. Em 2001, com a posse do então deputado Adão Vilaverde, ele entendeu que precisava daquele CC. Procurei então a bancada do PDT, o Basegio era o líder, e concordou imediatamente em contratar a Regina — disse.
Questionado sobre o fato de contratar as parentes do ex-deputado, Fortunati disse que ambas assinaram uma declaração de que não tinham relação de parentesco com nenhum membro dos poderes.
— Tanto a Samarina quanto a Adriana (funcionárias) não foram indicadas pelo Basegio. Eu tenho em mãos o ofício do presidente estadual do PDT indicando as duas. As duas assinaram, quando assumiram, uma declaração de que não tinham parentes em qualquer um dos poderes de acordo com a Sumula Vinculante Número 13 do Supremo Tribunal Federal — disse.
Questionado sobre a acusação de que elas seriam funcionárias fantasmas, o ex-prefeito atribuiu a desconfiança ao fato de que, na época, o ponto não era eletrônico.
— Até aquele o momento, as presenças ainda não eram controladas por ponto eletrônico. Se já fosse, não restaria margem para essa desconfiança. Nós fizemos tudo de acordo com as orientações do PDT – disse o ex-prefeito.
