O ministro da Defesa e general do Exército, Joaquim Silva e Luna, afirmou que os militares não querem protagonismo na política. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (2), ele classificou como “circunstancial” a participação de militares no governo.
— Não se busca protagonismo. Entendemos (a maior participação de militares) como cumprimento de destinação constitucional. Quando um militar escolhe esta profissão,é por vocação. Não se pode deixar de contribuir, com sua experiência, em área de gestão e administração, só porque se é militar. Aí parece que o militar não integra a sociedade. Seria falta de bom senso. E isso é circunstancial, não vemos isso como protagonismo. A colaboração de militares que foram convidados e aceitaram participar do desafio incomoda? Não incomoda porque é nossa missão. No momento,o país precisa disso e estamos disponíveis — disse.
O ministro contestou a interpretação da oposição de que a intervenção no Rio seja uma ação com viés eleitoral do presidente Michel Temer:
— Não vi essa percepção em canto nenhum. Posso falar pelas três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica). Não percebo dessa forma. O presidente é o comandante supremo das Forças Armadas e ele se comunica bem com as Forças. Ele busca esse contato. O que existe hoje é a necessidade de participação de todos os brasileiros na busca de solução dos problemas de segurança pública — disse.