O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira (19), em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada, que vai pedir na Justiça Estadual do Rio de Janeiro uma solicitação do comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, para que se possa ter um "mandado coletivo de busca, apreensão e captura" como uma possível medida extra por conta da intervenção federal na segurança pública do Rio.
A informação sobre a intenção de usar esse instrumento já havia sido adiantada, no sábado (17), pelo colunista de GaúchaZH Humberto Trezzi.
— Não há carta branca. Militares não estarão exercendo papel de polícia. O que temos de novidade é uma intervenção federal na parte do Executivo — explicou Jungmann que afirmou que pessoalmente é a favor da medida.
O ministro disse que o mandado coletivo é uma ordem judicial que já foi empregada por outras vezes no Rio de Janeiro:
— Obviamente nós estamos peticionando que volte a ser utilizada em alguns lugares. Em lugar de você dizer rua tal, número tal, você vai dizer digamos uma rua inteira, uma área ou um bairro. Aquele lugar inteiro é possível que tenha um mandado de busca e apreensão. Em lugar de uma casa, pode ser uma comunidade, um bairro ou uma rua.
Jungmann afirmou que caso o interventor, general Braga Netto, entenda que há necessidade da utilização das Forças Armadas, "isso passará pelas Forças Armadas e pelo Ministério da Defesa, como vinham acontecendo".