A Polícia Federal (PF) apresentou nesta quarta-feira (10) à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, o resultado parcial das investigações sobre a queda de avião que resultou na morte do ministro Teori Zavascki e de mais quatro pessoas em janeiro de 2017. Responsável pelo inquérito, o delegado Rubens Maleiner disse que está descartada a possibilidade de sabotagem. Ainda segundo o delegado, o motivo mais provável é de falha humana, com influência das condições meteorológicas.
—A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, em diversos exames periciais e atos investigatórios diversos, e nenhum elemento neste sentido foi encontrado. Pelo contrário, os elementos que atingimos até agora conduzem a um desfecho não intencional e trágico— explicou.
Maleiner ponderou que a investigação está em curso, e que todos os apontamentos são provisórios. Ele não estipulou prazo para a conclusão da investigação, mas disse que ela está “em um estágio bastante avançado”. O diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, também participou da reunião com a ministra.
Para fechar o relatório, ainda são aguardados outros resultados periciais. Até agora, o trabalho da PF aponta para falha humana, somada a condições meteorológicas desfavoráveis.
—Há um conjunto de fatores que dizem respeito às condições meteorológicas, às trajetórias e às alturas desempenhadas pelo piloto naquela tentativa de aproximação para Paraty, e o cotejo disso com regras de tráfego aéreo —disse.
Além do trabalho da PF, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), outra investigação sobre o acidente ocorre em paralelo. A condução é do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e o principal objetivo é identificar falhas que possam evitar novos acidentes.
A queda da aeronave que matou Teori e mais quatro pessoas ocorreu em 19 de janeiro, no mar de Paraty (RJ) . À época, o ministro era o responsável pelos processos da Lava-Jato no STF.