De bengala e apoiado em uma mulher, o deputado federal Paulo Maluf (PP-Sp), 86 anos, deixou às 16h15min desta sexta-feira (22) a aeronave da Polícia Federal que o transportou do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, até Brasília. O parlamentar, condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) e que teve o início da prisão determinado na terça-feira (19) pelo ministro Edson Fachin, seguiu para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por dois exames: o de corpo de delito e a perícia médica.
Esse segundo exame foi pedido pelo juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que irá analisar o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do ex-prefeito de São Paulo. Só depois dos exames, ele será levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, onde ficará preso.
A pena de sete anos, nove meses e 10 dias de prisão em regime fechado foi imposta pela Primeira Turma do STF, que condenou Maluf pelo crime de lavagem de dinheiro por desvios milionários em obras viárias, em São Paulo, na época em que foi prefeito entre 1993 e 1996.
Antes mesmo de uma avaliação definitiva sobre a saúde do condenado, a Vara de Execuções Penais do DF exigiu para esta sexta-feira um parecer médico provisório sobre o estado de saúde do deputado com base nos documentos e exames apresentados pela defesa. Cabe à Justiça decidir sobre um pedido da defesa de transferência para prisão domiciliar, devido às condições de saúde do ex-prefeito de São Paulo.
Pela decisão de Bruno Aielo Macacari, juiz de Direito substituto do DF, a equipe médica do Centro de Detenção Provisória, além do parecer provisório, deverá entregar parecer definitivo até terça-feira (26). O juiz disse que o caso requer urgência e o prazo é curto, devido ao recesso forense nos próximos três dias.