O Centrão quer que o presidente Michel Temer faça uma reforma ministerial para ajustar a base aliada após a votação da segunda denúncia contra ele, no plenário da Câmara.
Integrado por partidos como o PP, o PR e o PSD, o bloco está de olho em pastas ocupadas pelo PSDB. O grupo ameaça se rebelar caso os tucanos sejam mantidos na equipe, mesmo se dividindo no apoio a Temer.
O argumento é de que o PSDB já foi poupado após a votação da primeira denúncia, quando o partido rachou e apenas 22 deputados ficaram ao lado de Temer - os outros 21 se posicionaram pelo prosseguimento do processo.
O PSDB comanda hoje quatro ministérios. O Centrão pediu a cabeça de Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), mas cobiça mesmo Cidades, com orçamento mais vistoso.
Temer não pretende fazer uma reforma ministerial agora, embora alegue que tudo depende das "circunstâncias políticas".