O senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentou projeto de lei que prevê o fim do tratamento cerimonioso a autoridades. Desta forma, pessoas que ocupam cargos públicos seriam chamados de "senhor" ou "senhora", excluindo as formas de tratamento "excelência" e "doutor". As informações são da Rádio Senado.
A iniciativa aconteceu após a procuradora da República Isabel Vieira protestar ao ser chamada de “querida” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e exigir o tratamento protocolar devido, durante depoimento do petista ao juiz federal Sergio Moro, na última quarta-feira (13).
Leia mais
Brasil pode ter mais de cem partidos se reforma política não fixar limite
Moro pediu a Lula que não usasse o termo "querida"
"Os partidos perderam o norte", afirma professor da UFRJ sobre ideologia política no Brasil
O senador acredita que o tratamento seria uma herança da monarquia e, portanto, não "caberia em uma democracia, onde deve haver igualdade".
— O que há de excelente em um juiz ou um parlamentar? Não têm o direito de reivindicar do povo um tratamento majestoso — argumentou Requião.
A proposta, que define normas para tratamento protocolar escrito e oral, está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.