A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu, nesta sexta-feira (30), que um inquérito instaurado contra o tucano, com base na delação da Odebrecht, seja retirado do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e redistribuído para o ministro Gilmar Mendes.
Leia mais:
Ministro do STF decide que Aécio Neves pode voltar ao Senado
Os argumentos de Marco Aurélio para Aécio voltar ao Senado
Alexandre de Moraes é sorteado para relatar investigação contra Aécio no STF
O inquérito em questão diz respeito a acusações contra o senador por conta de obras nas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Estado de Rondônia.
Segundo a defesa do tucano, os fatos investigados não trazem "qualquer relação" com o que foi apurado no âmbito da Operação Lava-Jato, da qual Fachin é relator na Corte. Além disso, o senador alega que esse inquérito possui "íntima relação" com um outro processo, de relatoria de Gilmar Mendes, que apura irregularidades no setor elétrico – no caso, Furnas.
"O cotejo entre ambas as portarias de instaurações – conforme detalhadamente realizado na petição nº 19560/2017 – não deixa dúvidas", diz o advogado Alberto Zacharias Toron, que representa o tucano.
Gilmar já é relator de um outro inquérito instaurado contra Aécio com base na delação da Odebrecht, que foi redistribuído por determinação da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
O caso diz respeito à acusação de que o senador teria recebido, em 2014, valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha eleitoral. De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. O tucano nega as acusações.
*Estadão Conteúdo