O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a aprovação da reforma trabalhista no Senado com o mesmo conteúdo aprovado pela Câmara dos Deputados. Por outro lado, o tucano afirmou que a reforma da Previdência, que ainda está na Câmara, é uma questão mais complexa e precisa ser discutida. O governador defende que os servidores públicos tenham as mesmas regras dos trabalhadores vinculados ao regime geral do INSS.
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Ele é crítico das concessões feitas pelo presidente Michel Temer (PMDB) para contemplar servidores e aumentar o grau de aprovação entre os parlamentares.
– Nós precisamos caminhar no sentido de ter o regime geral da Previdência, não ter regras diferentes para quem é do setor público e do setor privado – disse o tucano, após participar de cerimônia em celebração ao Dia da Língua Portuguesa, que é comemorado nesta sexta-feira.
O governador afirmou que o sistema previdenciário do Estado de São Paulo é "o melhor do Brasil" e um modelo para a Previdência federal. Ele diz que, ao estabelecer o mesmo teto do INSS para servidores que entraram na carreira após 2013, e criar um sistema complementar para aposentadorias acima do teto, o déficit previdenciário acabará no futuro.
– No curto prazo, até onera mais, porque o Estado continua pagando o déficit e contribui para o sistema novo. Mas em dez anos, daqui para frente, vai salvar o Estado – disse.
Na terça-feira, Alckmin já havia criticado a proposta como está sendo discutida na Câmara e disse que o Brasil não pode fazer uma "reforma do INSS", mas, do "sistema geral".
Alckmin e os outros governadores tucanos participaram de uma reunião promovida pelo PSDB em Brasília com o presidente Michel Temer (PMDB), na quarta-feira, para discutir o apoio do partido às reformas do Planalto. No encontro, os integrantes da cúpula do PSDB entenderam que não há necessidade de adotar o fechamento de questão para a reforma da Previdência na Câmara.
Para a reforma trabalhista, Alckmin classificou o relatório do tucano Rogério Marinho (RN) como "muito bom" e defendeu que os senadores aprovem o texto sem alterações, para a proposta não precisar voltar à Câmara. O governador disse ainda que o fim do imposto sindical obrigatório, como propôs Marinho, é necessário.
*Estadão Conteúdo