O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), falou nesta sexta-feira (14) sobre as afirmações de delatores de que recebeu propina da Odebrecht para viabilizar a aprovação de emendas parlamentares que favorecessem a construtora. Em entrevista à rádio CBN, o peemedebista afirmou que “emenda por R$ 150 mil não se vende nem na feira do Paraguai”. O parlamentar garantiu que jamais faria “um absurdo desses”.
Em depoimento à Lava Jato, o ex-executivo Claudio Melo relatou que a Odebrecht interferiu em quatro propostas de Medida Provisória (MP), e chegou ao nível de escrever as emendas colocadas no texto por Jucá. O senador negou as acusações.
"Minha função é discutir com o governo e com os parlamentares as soluções, e tentar o 'OK' do governo, senão nada funciona. Quem fala isso não conhece como funciona o Congresso", disse Jucá à CBN.
O ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, também afirmou que negociava toda a propina destinada a integrantes do PMDB no Senado com Jucá. O peemedebista disse que segue tranquilo e alertou que é preciso ter cuidado com as informações repassadas pelos delatores.
"As delações premiadas podem ser ficções premiadas, para alguém ir para a casa", afirmou.
Embora seja um dos mais citados em irregulares junto à Odebrecht, Jucá garantiu na entrevista que defende a Lava Jato. "Ela mudou o paradigma da política do Brasil", finalizou.