O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, descartou prejuízo ao processo de votação da PEC da Previdência por causa dos protestos e paralisações contrários às reformas trabalhistas e previdenciária que acontecem nesta sexta-feira (28) por todo país.
– Há uma consciência muito forte de que é preciso que nós enfrentemos a questão da reforma da Previdência. Se não tomarmos alguma medida urgente, vamos ter no governo federal o mesmo quadro do Rio de Janeiro, onde temos visto drama e desespero de pensionistas e aposentados que não estão recebendo – disse em entrevista à Rádio CBN.
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Questionado sobre se o governo não deveria convencer sua própria base da necessidade das mudanças na Previdência, já que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, tem se colocado contrário às reformas, Moreira Franco disse que não responde a provocações do senador. O ministro ainda reforçou que a medida é importante para tirar o país da "maior crise econômica da história" e recuperar a capacidade de gerar empregos.
Lava-Jato
Sobre a autorização do Supremo Federal Tribunal (STF) para investigar o seu envolvimento na Lava-Jato, com base nas delações da Odebrecht, Moreira Franco disse que ainda não foi autorizada a abertura de inquérito, e sim que estão havendo levantamentos para ver se há necessidade de abrir inquérito.
Comissão de ética
No caso da sindicância que foi aberta na Comissão de ética da Presidência da República para investigar suas atitudes e dos ministros Eliseu Padilha e Gilberto Kassab, Moreira Franco argumentou que a investigação foi baseada em conjunto de suposições tirada de jornais.
– Uma comissão de ética deve manter sigilo das investigações, fazer apurações cautelosas. Essa decisão de abertura de sindicância foi tomada por notícias de jornais, com vazamento de informação. É uma demonstração cabal de que os princípios éticos não estão sendo respeitados – criticou. Ele disse ainda que vai responder ao processo nos autos.
*Estadão Conteúdo